Problemas de comportamento podem ter origem no que está no prato do seu filho - ou no que está faltando na dieta infantil |
Diminuição do rendimento escolar, ansiedade, desânimo e irritabilidade: problemas de comportamento podem ser resolvidos com alimentação.
Falta de atenção na escola, ansiedade, depressão e irritabilidade. Se o seu filho anda apresentando uma ou todas estas características, você provavelmente vai procurar uma orientadora pedagógica ou um terapeuta infantil. Mas a solução pode estar no consultório de outro profissional: o nutricionista. Determinados nutrientes estão ligados ao controle e à prevenção destes comportamentos e, consequentemente, ajudam seu filho a ter menos problemas na escola e em casa. Não são alimentos milagrosos, mas fazem um bem danado.
A nutricionista Fernanda Faria, da Consultoria e Assessoria Nutricional Duo Nutri, em São Paulo, explica que alguns alimentos estimulam a produção e liberação de neurotransmissores, substâncias facilitadoras da comunicação entre os neurônios. É o caso da serotonina, responsável principalmente pela sensação de prazer e bem-estar. Estes alimentos são aqueles ricos em triptofano, ácido fólico, magnésio ou vitamina B6 – como cereais integrais, vegetais verde escuros, castanhas e banana. “Se esta matéria-prima falta no organismo, a criança pode sentir ansiedade e depressão”, diz a nutricionista clínica Denise Noguêra.
Serotonina vs. alimentos industrializados
As crianças também são extremamente dependentes de outros nutrientes, como cálcio, zinco, ferro e vitamina E, todos antioxidantes. “Os antioxidantes agem de forma a combater o excesso de consumo de produtos químicos”, diz Denise. Por isso, manter uma dieta rica em frutas e legumes, alimentos naturalmente ricos em minerais e vitaminas de origem vegetal, ajuda a controlar um possível excesso de substâncias artificiais como corantes e realçadores de sabor.
Uma pesquisa realizada pelo Colégio Universitário de Londres (UCL), na Inglaterra, e publicada em 2009, mostra como colhemos os frutos diretos do que se coloca no prato. De acordo com o site da BBC britânica, 3.500 pessoas de meia-idade foram acompanhadas durante cinco anos e, enquanto metade delas manteve uma dieta rica em peixes, frutas e vegetais, a outra metade se alimentou principalmente com alimentos industrializados, como frituras e grãos refinados. Resultado: o primeiro grupo acabou com apenas 26% de chance de sofrer depressão no futuro. Já no caso do segundo grupo, as chances eram de 58%.
Corantes, presentes em refrigerantes e chicletes, e realçadores de sabor como o glutamato monossódico, presente em temperos prontos, são agressivos para a saúde dos pequenos. “Estas substâncias também podem levar a quadros de alergia alimentar, com sintomas de agitação física e mental se manifestando se a criança consumi-los em excesso”, diz Noguêra. “A falta de nutrientes, associada ao excesso de alimentos ricos em produtos químicos, pode até gerar uma predisposição ao desenvolvimento de doenças imunológicas”.
Café da manhã e ômega 3 vs. dificuldades de aprendizagem
A nutricionista Elaine de Pádua especialista em alimentação na infância e adolescência e autora do livro “O que tem no prato do seu filho?” (Editora Alles Trade), lembra que os alimentos ricos em ômega 3, presente em peixes como arenque e salmão, são bons aliados no combate às dificuldades de aprendizagem.
Outra coisa que anda em falta na rotina das crianças brasileiras, segundo Elaine, é o café da manhã. “Uma criança que consome os nutrientes necessários antes de ir para a escola também pode melhorar o desempenho nos estudos”, diz. Iogurte com granola ou pão integral com geleia, por exemplo, já podem garantir esse benefício. De acordo com a nutricionista Aline de Piano, da Unifesp, o café da manhã também pode ter frutas, ricas em vitaminas. “Esta refeição merece destaque, pois será responsável por oferecer a energia necessária para o dia começar bem”, afirma. E a criança será capaz de se concentrar muito mais nas primeiras aulas do dia.
Todos contra o bullying
Outro problema que pode ter origem na má nutrição é o aumento da irritabilidade e do nervosismo das crianças, desencadeado quando faltam nutrientes para a formação do ácido gama-aminobutírico (GABA). Noguêra explica que o GABA é um neurotransmissor formado a partir da vitamina B6, do magnésio e da glutamina, aminoácido que costuma ser encontrado de forma livre no tecido muscular.
Este neurotransmissor tem efeito tranquilizador e ajuda a equilibrar as crianças mais hiperativas, por exemplo. E ainda colabora para que a agressividade não dê as caras. “A falta destes nutrientes também é causa do bullying, problema de agressividade recorrente hoje em dia”, diz a especialista.
Se o consumo de alguns alimentos pode acalmar, outros também favorecem o desenvolvimento de quadros de hiperatividade, ansiedade e depressão. Fernanda Faria sugere evitar bolos, sorvetes, guloseimas, frituras, cafeína e produtos industrializados, como salgadinhos e bolachas recheadas.
Crédito Renata Losso,
fonte: delasig.com.br
A nutricionista Fernanda Faria, da Consultoria e Assessoria Nutricional Duo Nutri, em São Paulo, explica que alguns alimentos estimulam a produção e liberação de neurotransmissores, substâncias facilitadoras da comunicação entre os neurônios. É o caso da serotonina, responsável principalmente pela sensação de prazer e bem-estar. Estes alimentos são aqueles ricos em triptofano, ácido fólico, magnésio ou vitamina B6 – como cereais integrais, vegetais verde escuros, castanhas e banana. “Se esta matéria-prima falta no organismo, a criança pode sentir ansiedade e depressão”, diz a nutricionista clínica Denise Noguêra.
Serotonina vs. alimentos industrializados
As crianças também são extremamente dependentes de outros nutrientes, como cálcio, zinco, ferro e vitamina E, todos antioxidantes. “Os antioxidantes agem de forma a combater o excesso de consumo de produtos químicos”, diz Denise. Por isso, manter uma dieta rica em frutas e legumes, alimentos naturalmente ricos em minerais e vitaminas de origem vegetal, ajuda a controlar um possível excesso de substâncias artificiais como corantes e realçadores de sabor.
Uma pesquisa realizada pelo Colégio Universitário de Londres (UCL), na Inglaterra, e publicada em 2009, mostra como colhemos os frutos diretos do que se coloca no prato. De acordo com o site da BBC britânica, 3.500 pessoas de meia-idade foram acompanhadas durante cinco anos e, enquanto metade delas manteve uma dieta rica em peixes, frutas e vegetais, a outra metade se alimentou principalmente com alimentos industrializados, como frituras e grãos refinados. Resultado: o primeiro grupo acabou com apenas 26% de chance de sofrer depressão no futuro. Já no caso do segundo grupo, as chances eram de 58%.
Corantes, presentes em refrigerantes e chicletes, e realçadores de sabor como o glutamato monossódico, presente em temperos prontos, são agressivos para a saúde dos pequenos. “Estas substâncias também podem levar a quadros de alergia alimentar, com sintomas de agitação física e mental se manifestando se a criança consumi-los em excesso”, diz Noguêra. “A falta de nutrientes, associada ao excesso de alimentos ricos em produtos químicos, pode até gerar uma predisposição ao desenvolvimento de doenças imunológicas”.
Café da manhã e ômega 3 vs. dificuldades de aprendizagem
A nutricionista Elaine de Pádua especialista em alimentação na infância e adolescência e autora do livro “O que tem no prato do seu filho?” (Editora Alles Trade), lembra que os alimentos ricos em ômega 3, presente em peixes como arenque e salmão, são bons aliados no combate às dificuldades de aprendizagem.
Outra coisa que anda em falta na rotina das crianças brasileiras, segundo Elaine, é o café da manhã. “Uma criança que consome os nutrientes necessários antes de ir para a escola também pode melhorar o desempenho nos estudos”, diz. Iogurte com granola ou pão integral com geleia, por exemplo, já podem garantir esse benefício. De acordo com a nutricionista Aline de Piano, da Unifesp, o café da manhã também pode ter frutas, ricas em vitaminas. “Esta refeição merece destaque, pois será responsável por oferecer a energia necessária para o dia começar bem”, afirma. E a criança será capaz de se concentrar muito mais nas primeiras aulas do dia.
Todos contra o bullying
Outro problema que pode ter origem na má nutrição é o aumento da irritabilidade e do nervosismo das crianças, desencadeado quando faltam nutrientes para a formação do ácido gama-aminobutírico (GABA). Noguêra explica que o GABA é um neurotransmissor formado a partir da vitamina B6, do magnésio e da glutamina, aminoácido que costuma ser encontrado de forma livre no tecido muscular.
Este neurotransmissor tem efeito tranquilizador e ajuda a equilibrar as crianças mais hiperativas, por exemplo. E ainda colabora para que a agressividade não dê as caras. “A falta destes nutrientes também é causa do bullying, problema de agressividade recorrente hoje em dia”, diz a especialista.
Se o consumo de alguns alimentos pode acalmar, outros também favorecem o desenvolvimento de quadros de hiperatividade, ansiedade e depressão. Fernanda Faria sugere evitar bolos, sorvetes, guloseimas, frituras, cafeína e produtos industrializados, como salgadinhos e bolachas recheadas.
Crédito Renata Losso,
fonte: delasig.com.br
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